1. Sobre o Jejum
Na Palavra de Deus, o jejum está ligado à abstenção de alimentos para finalidades espirituais; não é greve de fome com finalidade de barganhar com Deus e “merecer” sua bênção; não é dieta para propósitos físicos, mas é para concentrar-nos em objetivos espirituais.
Muitas pessoas não gostam do jejum porque o associam a práticas ascéticas extremistas da idade média, ao farisaísmo, a algum tipo de penitência, ou simplesmente porque têm medo de sofrer problemas físicos como dores de cabeça, fraqueza ou tonturas.
Mas o fato é que a oração e o jejum são extremamente benéficos para a vida do crente; Jesus os praticou e fortemente os recomendou aos seus discípulos. Quando tratou do jejum, Jesus se preocupou com a questão da verdadeira motivação, Mateus 6.16-18. Não podemos pensar que o jejum tenha poder de mudar a Deus ou forçá-lo a fazer algo que ele já tenha dito que faria.
Precisamos entender que o jejum está centrado em Deus: é para buscá-lo, para adorá-lo e para dedicar-nos totalmente a ele e experimentarmos a sua vontade para nós. A profetiza Ana adorava com jejuns, Lc 2.37; os profetas e mestres da igreja de Antioquia jejuavam, At 13.2; Deus pergunta para quem jejuamos, Zc 7.5. O jejum é instrumento para a disciplina do corpo, 1 Co 9.27; é uma forma poderosa de nos humilhar diante de Deus, Sl 35.13, Is 58.9, 14, e Jesus ainda declarou que esperava que seus discípulos jejuassem, Mt 9.15.