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Guia do Líder

10º Dia - Infanticídio entre os Povos Indígenas


“Deus, porém, ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está.” Gênesis 21.17


A violência contra crianças é uma marca triste da sociedade brasileira, registrada em todas as camadas sociais e em todas as regiões do país. No caso das crianças indígenas, o agravante é que elas não podem contar com a mesma proteção com que contam as outras crianças, pois a cultura é colocada acima da vida e a voz delas é abafada pelo manto da crença em culturas imutáveis e estáticas.


A cada ano, centenas de crianças indígenas são enterradas vivas, sufocadas com folhas, envenenadas ou abandonadas para morrer na floresta. Mães dedicadas são muitas vezes forçadas pela tradição a desistir de suas crianças. Algumas preferem o suicídio a isso.


Muitas são as justificativas que levam essas crianças à morte. Crianças com deficiência física ou mental são mortas, bem como gêmeos, crianças nascidas de relações extraconjugais, ou consideradas de má-sorte para a comunidade. Em algumas comunidades, a mãe pode matar um recenascido caso ainda esteja amamentando outro, ou se o sexo do bebê não for o esperado. Para os mehinacos (do Xingu) o nascimento de gêmeos ou crianças anômalas indica promiscuidade da mulher durante a gestação. Ela é punida, e os filhos, enterrados vivos. É importante ressaltar que não são apenas os recém-nascidos as vítimas de infanticídio entre os indígenas. Há registros de crianças de 3, 4, 11 e até 15 anos mortas pelas mais diversas causas.


Em certas comunidades, aumentam os casos de infanticídio entre mães mais jovens. Falta de informação, falta de acesso às políticas públicas de educação e de saúde associada à absoluta falta de esperança no futuro perpetuam essa prática.


As crianças indígenas fazem parte dos grupos mais vulneráveis e marginalizados do mundo. Por isso é urgente agir em nível nacional e mundial para proteger sua sobrevivência e seus direitos.


Nossa missão é reduzir a mortalidade infantil nas comunidades indígenas, promovendo a conscientização em direitos humanos, fomentando o diálogo intercultural e a educação e providenciando apoio assistencial às crianças em situação de risco.


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